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Primeira consulta

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A primeira consulta é um momento de vital importância. É nesse momento que ocorre o primeiro contato entre cirurgião-dentista/paciente e o futuro do tratamento pode ser traçado:

De um lado está o paciente, aquele que possui uma queixa e espera que o cirurgião-dentista tenha uma solução para o seu problema. E do outro lado está o cirurgião-dentista, o único profissional capacitado para resolver seus problemas odontológicos.

A grande polêmica que envolve a cobrança da primeira consulta remete a um contexto que poucas pessoas enxergam, e que será discutido a seguir:

Sentado à frente do paciente se encontra um profissional extremamente capacitado que investiu TEMPO e DINHEIRO durante a faculdade, cursos de especialização, mestrado, doutorado e congressos para se tornar um dentista melhor. É indiscutível que a mão-de-obra desse indivíduo tem um valor imensurável e é proporcional ao esforço que ele fez para ser qualificado.

É preciso extinguir o termo “orçamento” do vocabulário odontológico! Pois a finalidade da primeira consulta não é sentar o paciente na cadeira, contar o número de cáries e multiplicar por X. Mas sim, o profissional usar de todo seu discernimento adquirido durante a vida para ouvir a queixa do paciente, interpretar o questionário de saúde, usar de recursos informativos para orientar, avaliar o paciente como um todo (não apenas como uma boca), solicitar exames se necessário, para finalmente chegar a um DIAGNÓSTICO. Ou seja, elaborar um panorama da condição atual do paciente.

Tendo essas informações em mãos, o dentista é capaz de elaborar um ou mais planos de tratamento personalizado para o caso proposto e calcular o valor. Porém, muitas vezes nem todas as informações podem ser recolhidas em consultório durante a primeira consulta (como exames de sangue, radiografias, documentações ortodônticas, cartas de recomendação, entre outros exames que precisam ser realizados em clínicas especializadas), sendo necessária uma consulta de retorno.

Não há sombra de dúvidas que a primeira consulta é a mais importante, uma vez que “Toda terapêutica é contraindicada se não estiver baseada em correto diagnóstico”. Sendo assim, uma “olhadinha” apressada pode levar a um diagnóstico errado e comprometer todo o tratamento.

Todo consultório, para trabalhar mensalmente dentro dos conformes, demanda um custo operacional X, que ao dividir pelo número de horas trabalhadas no mês resulta no que chamamos de hora-clínica. Ou seja, a hora clínica equivale ao valor MÍNIMO que o dentista precisa produzir por hora para pagar as despesas do consultório para não sair no prejuízo. Nesse cálculo estão envolvidos custos como: Licenciamento sanitário; do corpo de bombeiros; do meio-ambiente; inscrição no conselho regional; coleta de lixo contaminado; impostos; salário de funcionários; contas de energia, telefone, água; depreciação dos equipamentos e instrumentos de trabalho; materiais descartáveis; entre outros. Além daqueles bens imensuráveis como estudo e tempo para vida pessoal.

Agora, vamos a um exemplo prático do momento da primeira consulta:

O cirurgião-dentista reservou um período da sua agenda para receber um paciente pela primeira vez no consultório (primeira consulta). Após recolher todas as informações com os exames clínicos, o profissional solicita um exame radiográfico que estará pronto no dia seguinte. Sendo assim, o paciente marca seu retorno para o próximo dia e volta para casa sem plano de tratamento, uma vez que o diagnóstico ainda não foi determinado. Ok, sem problemas! No dia seguinte, o profissional reserva outro período da sua agenda para receber o paciente; dar o diagnóstico; os possíveis planos de tratamento; e o valor de cada um.

Se o paciente aceitar o plano de tratamento, maravilha! Porém, existe a possibilidade de ele não aceitar…

E agora? É um direito dele, e não há nada que se possa fazer quanto a isso! O profissional banhou o paciente de informações que valem uma vida de estudo, ocupou 2 horários de atendimento para dar atenção a ele e ganhou O-QUÊ em troca?

Se o profissional não tivesse cobrado a consulta, ele teria sofrido prejuízo equivalente à sua hora clínica. Além de ter perdido seu tempo enquanto estaria atendendo outros pacientes.

A cobrança da primeira consulta é um ato de valorização do profissional, assim como um filtro para selecionar aqueles pacientes que se importam mais com a qualidade do serviço do que preço. Médicos cobram consulta, Advogados também… Porque os dentistas não deveriam?

Indo mais fundo nesse assunto, o Código de Ética Odontológico, menciona:

“Constitui infração ética oferecer serviços gratuitos a quem possa remunerá-los adequadamente” (capítulo VIII, Art 20, I)

“Constitui infração ética divulgar ou oferecer consultas e diagnósticos gratuitos ou sem compromisso” (capítulo VIII, Art 20, IX)

Não existem argumentos para que não seja cobrada a primeira consulta odontológica! É ético, legal, e demonstra valorização do profissional diante do paciente.

Aproveitando o gancho do código de ética, mencionamos aqui o seguinte fragmento:

“Constitui infração ética delegar a profissionais técnicos ou auxiliares atos ou atribuições exclusivas da profissão de cirurgião-dentista” (Capítulo V, Art 11, XI)

Minha intenção com esse fragmento foi ressaltar que não adianta ligar para o consultório e perguntar para a secretária o preço de determinado procedimento, porque quem tem conhecimento para diagnosticar e indicar o tratamento adequado é apenas o cirurgião-dentista.

É importante salientar que o plano de tratamento é sempre determinado pelo PROFISSIONAL após uma consulta PRESENCIAL.

Muitas vezes o paciente chega ao consultório com um tratamento determinado por ele mesmo e gostaria apenas que o profissional o executasse. Oras! A opinião do paciente sempre deve ser levada em conta, porém ela nunca será DETERMINANTE na elaboração do tratamento.

É um direito do profissional “diagnosticar, planejar e executar tratamentos, com liberdade de convicção, nos limites de suas atribuições, observados o estado atual da Ciência e sua dignidade profissional. ” Caso o paciente não concorde, sua liberdade de escolha permite que nenhuma das partes entre num consenso e não haja tratamento nenhum além da primeira consulta.

Conclusão: Independente do valor da primeira consulta, ela deve ser cobrada. Além de demonstrar valor próprio por parte do profissional, a consumação da primeira consulta sela um compromisso de ambas as partes que fortalece o laço de confiança e responsabilidade.

Nós da DENTOPLAC temos a política de abater o valor da consulta caso o paciente aceite o tratamento proposto, como forma de gratidão por confiar na qualidade de nossos profissionais, mas vale à pena salientar que isso é opção nossa e que não fere a ética e os bons costumes.

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